sábado, 29 de janeiro de 2011

Por falar em competitividade.....estará Max Weber feliz ou às voltas no túmulo?

Agora, que estamos mais uma vez em crise - ou a atravessar uma zona de particular turbulência no nosso eterno estado de crise - fala-se muito de produtividade e competitividade (que não é exatamente a mesma coisa - pode-se ser muito produtivo e nada competitivo, pela simples razão de que se pode produzir muito e ninguém querer comprar o que produzimos). Em geral, somos acusados de preguiça e auto-flagelamo-nos por isso, ou assumimos uma postura de alguma arrogância defensiva, ou então dividimos o mundo em bons e maus e acusamos os ricos de maus e os pobres de bons, indiferenciadamente. Tudo isto para introduzir umas quantas "magníficas" jóias da nossa vida organizacional, pública ou privada, porque, a bem dizer, nunca reparei que houvesse grande diferença na gestão de umas e de outras.


Há dias, alguém, numa empresa privada, sugeriu escrever uma carta à administração para esta autorizar formalmente uma troca de mesa de trabalho durante uma tarde, quando a referida troca já tinha sido informalmente autorizada pela parte interessada.

No mesmo dia, um telefonema de uma entidade pública, pedia permissão para reparar um erro num processo. A voz da funcionária sugeria uma situação grave, tratava-se de um documento entregue a mais, e que se não fosse retirado com permissão expressa, teria que seguir as vias pré-definidas o que levaria a um atraso substancial e à emissão de um ofício enviado para notificação por correio registado. Tudo por causa de um papel a mais....

Sem comentários:

Enviar um comentário